quinta-feira, 18 de novembro de 2010

APONTAMENTOS BIOGRÁFICOS

Antonio Lacerda de Meneses


Dom Adriano Hypolito, o nosso irmão bispo, nasceu Fernando Polito no dia 18 de Janeiro de 1918 em Aracaju, Sergipe. Filho de Nicolau Polito e Izabel Mandarino Polito. Entre 1925 e 28 fez o curso primário em Aracaju e São Cristóvão. Seu pai foi prefeito interino de Aracaju, mas envolveu-se com a Revolução de 1924, foi cassado e passou um ano em prisão domiciliar. Quando terminou sua sentença foi para a Bahia, e em 1929, com 11 anos, o menino Fernando foi morar com ele e fazer o curso ginasial. Em 1930 veio toda a família.
A sua vocação franciscana foi alimentada por sua mãe e pelos franciscanos da sua infância em São Cristóvão e depois na Bahia. Sua mãe era profundamente ligada aos franciscanos desde a juventude, quando cantava no coro do Convento sob direção de Frei João Manderfeld. Em Salvador o contato com os franciscanos continuaram, envolvendo também seu pai Nicolau, amigo dos franciscanos de Salvador sobretudo de Frei Agostinho Von Orde e Frei Felisberto Gilles.
O menino Fernando estava envolvido profundamente com os franciscanos desde as suas peraltices no Convento de São Cristóvão, sob os olhares compreensivos de Frei Bernardino Tulewski, de Frei Cornélio Neises e de Frei Humberto Trifftere. O “santo Frei Humberto” como dizia sua mãe, que lhe ensinou a ajudar à Missa, que lhe preparou para a Primeira Comunhão, que ouviu sua primeira confissão e lhe deu sua primeira Eucaristia e mais tarde já como Provincial, facilitaria a ida de Fernando aos 14 anos para o Colégio Seráfico (como se chamava então o Seminário Menor fransciscano) de João Pessoa, Paraíba, em 1932.
A entrada de Fernando no Seminário não foi sem dificuldades. Nos início da década de 1930, aprofundou-se o seu desejo em ser franciscano. Por volta de agosto de 1931 manifestou ao Frei Fidelis Ott, responsável pelos coroinhas, o desejo de ser franciscano, ele deu uma risada, sem acreditar. Mas não era só ele. Quase todos os frades que conheciam o coroinha Fernando, achavam que ele não dava para frade. Parece que o temperamento inquieto e independente de Fernando despertava dúvidas. Existiam os franciscanos que fomentaram do lado de sua mãe e os que, do lado do seu pai, impediam sua ida para o Seminário. Com seu pai fazendo dificuldades para a entrada de Fernando no Colégio Seráfico estavam Frei Agostinho von Orde, Frei Gaudêncio Gratzfeld (“por ciúme” confessaria mais tarde) e alguns mais; com sua mãe, ajudando-lhe a resolver todas as dificuldades e patrocinando sua vocação franciscana, Frei Odorico Schmid, que numa situação econômica difícil para seu pai, conseguiu ajuda financeira dos seus parentes na Alemanha, para patrocinar a entrada de Fernando no Colégio Seráfico. Frei Odorico foi assim o grande “padrinho” da vocação de Fernando, aliás, foram muitos os “padrinhos” de vocação, sem que nenhum pudesse disputar a primazia com Frei Odorico. Recordamos de Frei Roque Bocker que teria atraído o menino (segundo Frei Marcelo Gercken) para a Ordem Franciscana através do violino que tocara em São Cristóvão e nas viagens de canoa de São Cristóvão para fazenda Iolanda, de seu tio Nicola. Frei Marcelo mesmo orgulhava-se de ser o seu “padrinho” graças aos filmes que mostrava uma vez por mês aos garotos da Sociedade Aloisiana, em Salvador.
No Colégio Seráfico São Pedro Gonçalves, de João Pessoa o postulante Fernando entra no 2 ano do curso Secundário, sob direção de Frei Florentino Gerbig e Frei César Helrung, mais tarde com Frei Albino Poppenberg e Frei Patrício Seubert. Quando Fernando estava no 3 ano, sua classe criou um jornal colegial. Ele era um dos redatores. Escrevia vários artigos e copiava em letra de imprensa, à mão. Eram dois exemplares. À noite no recreio de domingo era lido o jornal. O tom de brincadeira, as gozações e piadas deixava o Colégio Seráfico em polvorosa. Por duas vezes o jornalzinho, que se chamava A Banana (com a própria desenhada na primeira página), foi censurado. Na segunda vez o Padre Reitor achou melhor, para a paz comunitária, encerrar as atividades jornalísticas dos redatores de A Banana. Saíram apenas 5 ou 6 números. No Colégio de João Pessoa, permanece até 1934 cursando o 2, 3 e 4 anos do secundário.
Mais tarde, na célebre entrevista concedida por Dom Adriano a Revista de Cultura Vozes, em número de janeiro e fevereiro de 1981, ele revelaria “O que por instinto me agrada mesmo e faço com gosto é escrever. Se não fosse padre, eu acho que teria sido jornalista e/ou professor, indo (quanto me conheço) as preferências para o jornalismo”.
No ano seguinte é transferido para o Colégio Seráfico de São Luis de Tolosa, em Rio Negro, Paraná, porque os franciscanos do Norte não tinham o curso Secundário completo. Fernando conclui o secundário em 1936. No Colégio de Rio Negro surge a observação do seu formador, que será repetida muitas vezes na sua formação franciscana : “Você é muito critico”. Fernando conclui o secundário em 1936, encerrando o período do Colégio Seráfico (seminário menor). As suas maiores alegrias neste período foram o estudo, a convivência dos colegas, o ambiente cultural, o cultivo da Música. As maiores dificuldades eram desligamento de colegas do seminário, sobretudo porque, dentro da disciplina da época, não podiam despedir-se e nem corresponder-se com os que ficavam. Havia uma prevenção muito acentuada contra aqueles que “perdiam a vocação”. Em Rio Negro, Fernando ouviu falar da Baixada Fluminense pela primeira vez. Vários dos seus professores fizeram algum estágio pastoral nas paróquias dos franciscanos da Baixada, quando estudaram Filosofia e Teologia no Convento Franciscano de Petrópolis. O que eles diziam da Baixada era de arrepiar os cabelos: violência, terra da macumba, corrupção política etc. foram essas informações pessimistas que marcaram a visão que Fernando tinha da Baixada Fluminense.
Frei Alfredo Setaro, ensinando Português e animando os o Convento com peças teatrais e com a Academia Antoniana; Frei Júlio Jansen ensinando Latim com rigor e competência; Frei Pacômio Schulte, dando aula de Francês e Latim
A largos passos chega ao noviciado, em 14 de janeiro de 1937 veste o hábito franciscano e inicia o noviciado em Pesqueira, Pernambuco, sob a direção santa e pura de Frei Bruno Moss, como Mestre de Noviços, e de Frei Fernando Oberborbeck, como Guardião. Em 15 de janeiro de 1938 na mesma cidade professa os votos simples.Logo após, inicia o estudo da Filosofia no Convento Franciscano de Olinda. Frei Matias Teves, lente geral de todas as matérias, ajudado depois por Frei Martinho Limper, Frei Querubim Mones, como Guardião e Frei Miguel Petri Confessor.Após a conclusão do curso de filosofia, em dezembro de 1939 parte para Salvador, iniciando no ano seguinte, o curso de Teologia no Convento de São Francisco da Bahia. Frei Mariano Diekhans, Mestre e Frei Felisberto Gilles e Frei Bruno Moos, como Guardiões.
Durante o período da Filosofia e da Teologia, não era permitido aos alunos nenhuma atividade pastoral, nem mesmo catequese.O estudo era sério e rigoroso, totalmente teórico. Nem na Filosofia, quando fez a matéria de Doutrina Social da Igreja, nem na Teologia, com o curso de Pastoral, os alunos não eram levados a visitar os bairros pobres, como os mocambos de Olinda e Recife ou os alagados de Salvador.
Em 19 de janeiro de 1941, o jovem frei Adriano Hypolito, com 23 anos completados no dia anterior, professa solenemente os votos de pobreza, castidade e obediência na capela do Convento.
Num dia 18 de outubro, festa de São Lucas, em 1942, na célebre Igreja de São Francisco da Bahia, Frei Adriano é ordenado padre pela imposição das mãos do seu confrade Dom Basílio Pereira, que de padre diocesano se fez franciscano para evitar o episcopado e como franciscano foi feito bispo do Amazonas, alma de apóstolo, homem de Deus, que da face translúcida irradiava bondade e caridade. Seu colega de ordenação foi Frei Álvaro Formiga, paraibano, que tantos milagres da graça operou como missionário ardente no interior da Paraíba e do Ceará, durante quase vinte anos.
Na Igreja repleta, a face irradiante da mulher forte e boa que foi sua mãe. Aquele dia era o dia de sua glória. Contou-lhe muito depois que desde o berço entregara o filho a Nosso Senhor: para o sacerdócio da Igreja, para a colaboração do Evangelho. Era uma mulher forte: se Deus aceitasse a oferta estaria de acordo; se não aceitasse, estaria de acordo; e se o filho aceitasse ou negasse, também então que se cumpra a vontade de Deus. Nunca forçou, nunca importunou o filho querido nos anos de incerteza e procura.Rezava. Santificava-se. Purifica-se pelo sofrimento. Cumpria com fidelidade sua missão de esposa e mãe.Depois dos longos anos de espera e de incerteza, de confiança e sofrimento, via afinal aproximar-se do altar o filho de muitas esperanças para o òsculo do Espírito Santo, restituía com a generosidade espontânea das almas boas a Deus o filho que Deus lhe confiara em prova de amor. Somente seis anos pode, assim mesmo de longe, acompanhar o sacerdócio do filho bem amado.Faleceu em 1948. A recompensa do sacerdócio do seu filho seguiu a recompensa, grande e sem medidas, do Pai.
Em janeiro de 1943, é transferido como professor de Português e de Música para o Colégio Seráfico de Santo Antonio, em Ipuarana, Lagoa Seca, Paraíba.

Em julho de 1948 viaja para Portugal e a diversos países da Europa em estudo de literatura portuguesa e investigação histórica. É desse período a monumental coleção de fotografias tiradas por frei Adriano na Europa ainda arrasada pela Segunda Guerra, conservada no Arquivo Diocesano de Nova Iguaçu.
Volta para o Brasil, em abril de 1955, retorna para o Colégio Seráfico de Ipuarana, sendo nomeado no ano seguinte Diretor de Estudos do Colégio Seráfico, permanecendo nesta função durante oitos anos. Acumulando no mesmo período as aulas de Português, Literatura Portuguesa e Brasileira, Geografia do Brasil, História Geral, Alemão, Latim e Música e também a regência do orfeão. Em 1952 a Província Franciscana o elegeu Definidor ( conselheiro) Provincial , sendo reeleito em 1958 para o triênio seguinte.
Segue citação de um ex aluno de Dpom Adriano, hoje professor na Paraíba:
Outros que nos primeiros tempos agregaram-se a estes em caráter "permanente" foram Frei Silvério (de quem já falamos), Frei Adriano (43-60) e Frei Filipe (46-71). Frei Adriano, consoante generalizado consenso, foi aquele que mais profundamente marcou a educação em Ipuarana, de onde só se afastou quando chamado a coisas mais altas: Idealista, tipo realizador, possuidor de uma visão mais ampla do que a maioria dos seus companheiros de professorado, ocupou os cargos de Prefeito e Diretor dos Estudos. Foi também compositor e regente, enriquecendo o repertório musical de Ipuarana com inúmeras músicas de sua autoria, compendiadas no “Cancioneiro de Ipuarana”. Preocupado com os ob­je­tivos primários de Ipuarana, procurou estabelecer um clima vocacional mais rigoroso, na linha das normas e orientações da Santa Sé. Foi vítima também de incompreensão e de oposição, que não o abateram, porém. Saiu de Ipuarana convocado para ser Mestre dos teólogos em Salvador e pouco depois Bispo, destacando-se no episcopado nacional como Bispo de Nova Iguaçu. Deus o chamou para a recompensa em 1996. Até hoje a família ipuaranense chora sua perda.
Os anos 60 trouxeram numerosas e profundas mudanças. Por um lado já não se encontrava mais em Ipuarana nenhum dos esteios do professorado mais antigo. Esta situação agravou-se com a saída de Frei Adriano (final de 60) e de Frei Silvério (63), chamados a tarefas de outro calibre. Com Frei Adriano Ipuarana perdia seu principal sustentáculo, sua grande liderança e sua maior cabeça pensante.

Em 1961 é transferido para o Convento de São Francisco da Bahia, como Mestre dos Clérigos (estudantes de Teologia) e, ao mesmo tempo, a pedido do Cardeal Dom Augusto, Arcebispo da Bahia, como Diretor Espiritual do Seminário Central da Arquidiocese de Salvador. Em 1962 é nomeado Visitador Geral da Província Franciscana da Imaculada Conceição, com sede em São Paulo.
O jovem franciscano alemão Frei Beda Vickermann foi aluno de Dom Adriano em Salvador onde estudou e trabalhou no Nordeste. Depois de transferido para Bardel, Alemanha, continuou ligado profundamente ao Brasil, de modo particular aos franciscanos do Nordeste.


A passagem da vida de convento para o serviço de bispo

Frei Adriano Hypolito é nomeado bispo-auxiliar de Salvador pelo Papa João XXIII, em 22 de novembro de 1962,durante a II sessão do Concilio Vaticano II. Sua ordenação episcopal ocorreu na Sé de Salvador pelas mãos do bispo de Tubarão – SC, Dom Anselmo Pietrulla,OFM.
Começou então uma etapa nova em sua vida. Nos primeiros tempos Dom Adriano sentiu a diferença, sobretudo porque sua vida de franciscano decorreu sempre em conventos grandes, em médias 180 a 200 seminaristas. Era uma vida bem delineada, estável,tudo marcado pelo regulamento, tudo tranqüilo. Os muitos anos de professor no Seminário de Ipuarana, de 1943 a 1948 e de 1951 a 1961, foram anos como educador dos jovens candidatos à vida franciscana que marcaram
Como Bispo auxiliar do Cardeal de Salvador, Dom Augusto Álvaro da Silva, já com oitenta e tantos anos,e Depois de Dom Eugênio Salles, que viera de Natal para ser .... exercia as tarefas especiais de Crisma na Catedral, Visitas Pastorais, responsabilidade pelo Seminário e pelas Religiosas.
O mais notável nesses anos de Bispo-auxiliar em Salvador foi sua participação no Concílio Vaticano II, nas sessões de 1963, ( dom Adriano foi eleito bispo em 1962, durante a primeira sessão do concilio ) 1964 e 1965. Dom Adriano sempre ocupado com seu trabalho de professor e de educador, preso nos domingos e festas à sua condição de regente do coro, da banda e da orquestra do Seminário, não tinha experiência pastoral e por isso não levou grandes reflexões para o Concílio.Mas aprendeu muita coisa que colocou em prática nos seus anos pós-concílio em Nova Iguaçu.

Intervenções de Dom Adriano em Puebla

A técnica de trabalho, em Puebla, deu importância quase total às Comissões. Primeiramente Comissões provisórias. Depois as Comissões definitivas, que foram 21, com seus temas e subtemas. Intervenções em plenário houve apenas na quarta-feira, dia 7, nas sessões da manhã e da tarde, e na quinta-feira, dia 8, na sessão da manhã (a tarde foi livre). Pouco tempo, lamentavelmente. No Concilio Ecumênico Vaticano II e no Sínodo de 77 o peso do trabalho estava precisamente nas intervenções cm plenário. Em Puebla, nas Comissões isoladas. Nem todos os participantes puderam intervir. Muitos intervieram uma vez. Alguns, duas vezes. Entre estes D. Adriano, com as duas intervenções que seguem. Ambas foram sugestões, entre outras que D. Adriano apresentou por escrito, de nossas assembléias preparatórias para Puebla. Foram por conseguinte expressão da diocese de Nova Iguaçu, não apenas do bispo. l. Intervenção no dia 7 de fevereiro A respeito do tema: «Visão histórica da Evangelização na América Latina, seus grandes momentos». a) «Puebla deve continuar Medeilin e por isso deve dar toda importância ao contexto sócio-politico-econômico da América Latina, no conjunto da sociedade capitalista ocidental. A sociedade latino-americana continua sendo uma sociedade dividida em opressores e oprimidos, entre uma pequena camada de elite e as grandes massas marginalizadas. Nossos povos são povos à margem do processo social. Isto cria grandes problemas e significa um tremendo desafio à ação pastoral. Nosso problema pastoral não é como anunciar o Evangelho a uma população sem religião ou a uma população secularizada, mas sim como anunciar o Evangelho a um povo pobre, marginalizado, oprimido, que apesar de tudo ainda é profundamente religioso, ainda espera e confia na ação da Igreja, ainda ama o clero, ainda crê que Deus é Pai e que todos somos irmãos. Em nome deste Povo ordeiro e bom, que confia em nós, é que devemos denunciar injustiças gritantes e revoltantes. Não a partir de qualquer ideologia, mas a partir do Evangelho onde lemos a palavra do Mestre: «Vocês todos são irmãos» (Mt 23,8).
b) O texto da Comissão l deve ser revisto com rigor e mais condensado. Há muito que pode faltar sem fazer falta. Quanto aos números l e 2: «amicus Plato sed magis arnica veritas». Basta olharmos os dez anos que medeiam entre Medeilin e Puebla, com as numerosas ditaduras militares ou paramilitares, com as falsas democracias, com as torturas, as perseguições, os exílios, os sequestros, etc; basta vermos a opressão do povo humilde e bom, para vermos como é exagerado o otimismo da visão histórica apresentado pelo texto». 2. Intervenção do dia 8 de fevereiro A respeito do tema: «Ministério hierárquico». a) «Olhando as multidões da América Latina, — que parecem ovelhas sem pastor —, sentimos no coração a dor que Jesus sentia: «Tenho compaixão do Povo» (Mt 15,32). Resumindo nossas experiências pastorais e o que foi dito aqui tantas vezes e de tantos modos, dói-nos na carne: — o peso de nossa missão na América Latina; — a fome de Deus que o Povo sente e a esperança que põe na Igreja;
— o vazio pastoral de grandes áreas nas cidades e nos campos;
— a falta de vocações;
— o número pequeno de padres, apesar da ajuda externa;
— a ignorância religiosa das massas;
— o proselitismo conquistador de grupos cristãos ou não cristãos que ocupam áreas vazias e, mal ou bem, saciam a fome religiosa do Povo;
— o cansaço que esta situação causa em muitos de nós.
b) Está em jogo a Evangelização da América Latina hoje e amanhã. Com a tranquilidade da Fé, o otimismo da Esperança e a largueza do Amor não adiaremos abertura para o impasse? Nos seus «Subsídios para Puebla» (n° 98) a Conferência dos Bispos do Brasil, sensível ao problema, diz textualmente: «Considerando a carência de presbíteros e a necessidade espiritual das pequenas comunidades, examine-se a possibilidade de ordenação presbiteral de homens casados, que se recomendam por sua vida cristã e liderança apostólica na sua própria comunidade». c) Minha proposta: esta Conferência peça ao S. Padre a ordenação também de homens casados - viri probati - que dão testemunho de vida cristã profissional e familiar, que tenham boa formação catequética, que são capazes de doação, que estão engajados no serviço da comunidade eclesial. Trata-se de criar uma nova forma que se ajunta, enriquecendo, ao sacerdócio atual da Igreja. Sensível ao sofrimento e aos problemas da América Latina, o S. Padre acolherá o nosso pedido de pastores que só procuram a glória do Pai e o bem dos irmãos».

COMUNHÃO COM O PAPA

Com o Papa Paulo VI



Com o Papa João Paulo II

IMAGENS PESSOAIS I